29 de janeiro de 2008

Nas entrelinhas...

-----José Sócrates foi hoje pedir ao Presidente da República a exoneração do ministro Correia de Campos alegadamente após ter "recebido" do próprio uma carta de demissão em que, altruistamente, afirmava sentir que já não existiam bases para uma relação de confiança entre os cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde, encontrando portanto, no seu “sacrifício” «um elemento indispensável para restaurar essa relação de confiança».
-----Mas, para mim, tornou-se óbvio que, com este oportuno pedido, o "chefe" logrou livrar-se da ingrata tarefa de demitir um ministro impopular – que não teve inteligência para perceber os problemas de que o sistema de saúde padece – e de, assim, não ficar diminuído perante a opinião pública: consegue manter incólume a imagem de acérrimo defensor dos homens e mulheres que, com ele, governam este país e, ao mesmo tempo, desmarcar-se da crescente onda de contestação que vem afectando o governo – e a ele mesmo – e que se deve, e muito, às reformas levadas a cabo não só na área da Saúde, mas também na da Educação (essa a precisar de uma verdadeira remodelação) e, especialmente, na cobrança cega – e quase sempre desigual – dos impostos em Portugal.

1 comentários:

Anónimo disse...

Política, ando no meio dela e sempre me fez confusão, não gosto nada de política, nem de políticos, nem de politiquices, mas enfim!...
O nosso Primeiro-Ministro fez mais um passo de magia, tira os ministros que lhe dá mais problemas, dá-lhes chorudas indemnizações, e de seguida coloca-os como administradores de grandes empresas particulares a ganhar milhares de euros. No fim quem sai do governo, vai-se “governar” ainda melhor, e como diz o velho ditado, “quem se lixa é o mexilhão”.
É claro que dentro de pouco tempo vai haver eleições, há que agradar ao “ Zé-povinho”, tira-se os ministros mais problemáticos, colocam-se outros, e estes vão continuar com a mesmíssima política, e como se costuma dizer – “ mudam as moscas mas a trampa é a mesma “.
Viva a liberdade (acho que ainda a continuamos a ter – digo acho, porque sinceramente já nem sei).
Termino dizendo, mudam-se os tempos, mas as vontades continuam as mesmas, as do senhor Primeiro-Ministro, as nossas há muito que deixaram de contar!...

Beijo

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